As casas enchem-se de enfeites
As ruas fizeram da noite dia !
Adultos e crianças brincam
Ao faz de conta da Alegria !
A azáfama nas lojas é grande
Pois a quadra é de festa
Infelizmente é só para alguns
Para outros a fome da vida continua
Mas, por esses, tentamos passar ao lado
Fingindo ignorar a mão estendida
A lágrima de desalento nos olhos tristes
Nas faces enrugadas pelos trilhos da vida
O grito calado do desespero
A solidão no meio de tanta gente
O corpo carente de calor humano
A Alma vestida de vergonha
Se cada um de nós conseguir “entregar” um sorriso
A um ser que chamamos de “pobre”
Certamente este Natal será mais rico e mais quente
Em prendas feitas de carinho e boa vontade
Que farão dissipar um pouco o nevoeiro
Que teima em fazer das suas Almas um novelo
Para todas essas pessoas que, nós, egoisticamente
Deitámos fora das nossas vidas
Dos nossos caminhos
Das nossas preocupações
E das nossas orações
Uma boa consoada !
Porque o Natal é “quando o Homem quer” !
Sy.23.12.05 - n.e.