Dor ...
A dor até pode ser uma coisa indefinida …..ou não.
Muitas vezes ela é bem necessária, apetece-nos enrolar-nos nela, deixá-la cobrir-nos com o seu manto tecido de dúvidas, embrulharmo-nos nas suas brumas viscosas, bebermos o seu trago de fel que nos faz adormecer ao som da incerteza …
Depois, ás vezes, vem um cheiro conhecido trazido pela brisa que nos faz lembrar sonhos distantes, toca uma música no rádio que nos transporta para os braços de quem amamos e tudo se torna mais fácil, mais claro, como o romper da madrugada iluminada pelo nascer de um Sol desavergonhado, que nos chama, quase nos grita !
E como que um clarão, tudo nos passa pela memória, e a dor que nos acordou vezes sem fim durante o breu da noite, torna-se menos pesada, os ombros ficam mais descontraídos, o grito que estava para sair em torrente desgovernada torna-se num murmúrio tímido.
O riso dos pássaros que cantam a alvorada, o aroma ainda tímido das flores amarrotadas pela noite, o dançar da cortina na brisa fresca da manhã ajudam a voar das garras da dúvida.
Apetece rasgar o pensamento, esgueirar-nos, nem que por um ápice, para um abraço, um colo, um choro de alegria mesmo que com dor à mistura ….
E é nessa mesma dor, que á força de ser tão vivida, partilhada e chorada, encontramos o Amor, e nessa altura a dor quase se transforma em bálsamo !
Sy - 18.08.05 - n.e.
Muitas vezes ela é bem necessária, apetece-nos enrolar-nos nela, deixá-la cobrir-nos com o seu manto tecido de dúvidas, embrulharmo-nos nas suas brumas viscosas, bebermos o seu trago de fel que nos faz adormecer ao som da incerteza …
Depois, ás vezes, vem um cheiro conhecido trazido pela brisa que nos faz lembrar sonhos distantes, toca uma música no rádio que nos transporta para os braços de quem amamos e tudo se torna mais fácil, mais claro, como o romper da madrugada iluminada pelo nascer de um Sol desavergonhado, que nos chama, quase nos grita !
E como que um clarão, tudo nos passa pela memória, e a dor que nos acordou vezes sem fim durante o breu da noite, torna-se menos pesada, os ombros ficam mais descontraídos, o grito que estava para sair em torrente desgovernada torna-se num murmúrio tímido.
O riso dos pássaros que cantam a alvorada, o aroma ainda tímido das flores amarrotadas pela noite, o dançar da cortina na brisa fresca da manhã ajudam a voar das garras da dúvida.
Apetece rasgar o pensamento, esgueirar-nos, nem que por um ápice, para um abraço, um colo, um choro de alegria mesmo que com dor à mistura ….
E é nessa mesma dor, que á força de ser tão vivida, partilhada e chorada, encontramos o Amor, e nessa altura a dor quase se transforma em bálsamo !
Sy - 18.08.05 - n.e.