sexta-feira, setembro 30, 2005

Saudade

Ver o romper do sol
Ver a sua cama aberta pelos anjos
Com lençóis bordados de nuvens
Salpicados de orvalho
Sentir o seu primeiro sorriso
Na nossa bochecha ainda amarrotada pelo sono
É um imenso privilégio
Até a Saudade se encolhe por momentos
Deixa a Paixão respirar
E o abraço aconchegar

Sy. 30-09-05 -n.e.

terça-feira, setembro 27, 2005

Longing ...

Sinto o teu beijo com sofreguidão
Num mar imenso de encantamento
Sinto como um trovão
Sinto uma torrente de emoção
Que me inunda e me ilumina
Como lava na escuridão

É como uma gota de mel
Numa alma em puro estado de erosão

Sinto o teu abraço
Sentada em teu regaço
Sinto uma enorme tranquilidade
É um estado de alma de rara beleza
Alagada de uma enorme pureza
Sy. 27.09.05 - n.e.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Tardor - hoje - 22h35


Hoje chega o Outono !
Outono na estação
Fim de verão
Principio de frio
Lareira aconchegante
Luz maravilhosa
Luares infindáveis
Paletas de sonho
Com esse “tardor” chegam também
Amores tardios jamais imaginados!
Sy. 22.09.05 - n.e.

Esperando ...

É uma espera
Que dá cócegas
E um sentimento de adolescência
Perdido nas brumas da vida
É uma meta
É um chegar a porto seguro
É um amarrar de cordas
Num cais tranquilo
É o deitar na areia quente
Á espera da brisa de um carinho

Sy. 22.09.05 - n.e.

Fernanda Botelho

Dentro do meu cais, desfez-se a bruma
Um sorriso domou a tempestade
E o mundo se jogou na imensidade
Duma pequena coisa, apenas uma.

Fernanda Botelho

terça-feira, setembro 13, 2005

Ecos ..-

O silêncio de uma palavra
Tem um clamor de eternidade
Tem as cores do arco-íris
Tem uma insustentável leveza
Tem uma onda de comunhão
Tem a nobreza do sentimento
Quando essa palavra calada
É concebida pelo Amor.

Sy. 13.09.05 - n.e.

Natália Correia

Na límpida tarde orlada por minhas pestanas imóveis tua aparição abre uma estrada
de damasco por entre os automóveis.

Apareces e logo adquires em minha eclíptica visual a lassidão equinocial que espalha a cor na minha íris.

Apareces como o começo de qualquer coisa interminável de tão importante é tão frágil
teu vulto que nem estremeço.

Apareces como se gentilmente viesses para apanhar um trevo e o domingo almofada anil
cede à tendência do teu perfil de ficares num baixo relevo.

Natália Correia

segunda-feira, setembro 12, 2005

Laços de ternura

Foi um abraço muito forte
De saudade
De alegria
De efusão
De imensidão
De ternura
De profunda comunhão
Com a eternidade do sempre

Sy - 12.09.05 - n.e.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Será ?

E um sentimento louco
E uma tresmalhar de sentimentos
E uma explosão de ternura
Uma torrente de emoções
Uma teia de frescura
Um acordar do mundo
É o orvalho da manhã
É a carícia do Sol nascente
É o deixar secar uma lágrima de alegria
Pela brisa de um beijo
Enche-se o peito de ar
Mas ele teima em não querer sair
Quer-se gritar mas o eco não vem

Acho que é o Amor !
Sy. 08.09.05 n.e.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Vem !

Vem !

Deixa-te renascer
Vem sem defesas
Vem sem tristezas
Vem com amor

Não tenhas medo
Sente a plenitude do momento
Olha para mim como da primeira vez
Cobre a nudez da incerteza
Com gestos de ternura
Deixa a angustia fugir

Sente a minha mão
Que te ter guiar em momentos de aflição
Deixa fluir as palavras, os momentos,
Larga a dor, vive a imensidão !

Bate as asas e deixa o vento guiar-te
Ele nunca se engana !

Sy. 16.08.05 - n.e.

Sempre ...

Diz-me por favor que isto não é uma ilusão
Diz-me que não é um grito na escuridão
Diz-me que é um grito de esperança
Que mais tarde virá a bonança

Não deixes o eco romper-se na garganta
Fala-me da imensidão do nada
Não deixes a paixão calada

Diz-me que haverá um sempre
Que nada será inconsistente
Diz-me que o vento de tempestade
Calará o choro de ansiedade

Diz me palavras de maresia
Com sabor a profecia
Eu dei-te o meu Amor
Dá-me a tua Dor !

Sy. 17-08.05 n.e.